segunda-feira, 31 de março de 2014

O que precisa ser dito


 
Aí você finalmente consegue a coragem de dizer o que precisa ser dito. Começa a proferir palavras, que pra você fazem sentido, mas para outra pessoa, nem tanto. "Ei, calma, respira", a pessoa te diz. Calma? Não. Você não quer sentir calma. Você não consegue sentir calma. Calma é a única coisa que você não pode sentir agora. Porque para dizer tudo o que você precisa dizer, a calma não pode estar presente. Porque suas palavras serão a personificação dos seus sentimentos. Aqueles, entalados na garganta, no peito, em seus pensamentos, há muito, muito tempo. Agora que você finalmente arranjou coragem de dizer o que precisava ser dito "calma" é a única coisa que você não precisa. Depois, talvez. É. Depois. Depois de falar tudo aquilo que você gostaria de falar você vai precisar de calma, para não entrar em desespero. Para não entrar em desespero ao ouvir a "resposta" as suas palavras. Porque nem sempre ouvimos o que queremos ouvir. Porque às vezes ouvimos justamente o que menos gostaríamos de ouvir. Porque você teve calma. Você teve calma até demais. Você teve calma por tempo demais. "Ah, terei tempo pra dizer o que eu quero". Não. O tempo é cruel. Às vezes é tarde demais...

Não.
Nunca é tarde demais.
Não para lutar e conseguir aquilo que mais se quer.

sábado, 29 de março de 2014

Amigas são pra essas coisas 2


Alô? Socorro! Ei, calma, o que teve? Eu só faço merda. Como assim? Eu só faço merda. Todo mundo faz merda. Não como eu. Qual foi a da vez? Eu estrago tudo. E o que você estragou? Tudo. Nossa esclareceu muito! Puta que pariu, por que só faço merda? Sei lá, vai ver por que as pessoas fazem merdas? Eu sou muito burra. Você deve ta exagerando. Não to. Então o que foi? Por que eu ainda gosto dele? Dele quem? ELE. Hã? ELE pow. Você ta ficando com alguém? NÃO! Então que ele? Ah, você sabe, ele, ELE. AH! Pois é. Aquele ele? Sim. Ainda? Sim. Uau. Né. De novo, uau. Por que eu gosto tanto dele? Por que tem dedo podre? É, acho que tenho. Acha? É, acho. Ah, você ainda tem duvida? Merda, merda, merda. Imagino que seja. Por que sou tão idiota? Porque, talvez, você esteja apaixonada e todo apaixonado é idiota. Merda. Nem me fale. Por que ele conseguiu tudo o que os outros não? Não sei. Por que não consigo deixar pra la? Não sei. Por que quero tanto ele? Sinceramente não sei, ele não presta. Eu sei. Talvez isso te faça querê-lo mais. Ai que ódio! De quem? Dele. E de você? Também. Eita. Queria socar ele. Sei como é. Não, é sério. Eu sei, e eu também falo sério. Eu queria não sentir nada. E quem não quer? Eu queria não sentir nada por ninguém. Nossa, que chato. O que? Não sentir nada por ninguém. Por que isso? Porque dói agora, mas passa. E dai? E dai que se você não sentir nada, também não poderá se sentir feliz. Verdade. Então, passa. Eu sei, mas dói. Eu sei. Podia ter remédio pra esquecer né? Podia. Ou máquina do tempo. Quem dera! Ai, o que eu faço? Não sei, preciso pensar. Pessoas normais me diriam pra esquecer. Eu não sou as pessoas normais. Eu sei. Então. E o que você me diz? Pra você lutar por ele. Sério? É, se é pra sofrer, que sofra lutando da maneira certa. É? É. Ta bom. Hum. E como farei isso? To pensando. Você ta quieta demais. É porque to pensando. (silêncio). E agora já pensou? Apressada. Desculpa. Tem problema não. Ei. Que foi? Obrigada ta? Que nada, amigas são pra essas coisas. 

sexta-feira, 28 de março de 2014

E quem nunca se perguntou por que as pessoas nos machucam tanto?


A gente, ao que me parece, tem essa mania besta de por a culpa das coisas que acontecem em nossas vidas, em outras pessoas. Não assumimos a responsabilidade de nossos atos. Sempre encaramos como se os outros nos machucassem e não nós mesmos. Será? Em um considerável número de vezes, me parece que nós somos os culpados em se machucar tanto. E sabe por quê? Porque criamos expectativas dessas pessoas. Muitas vezes, nem mesmo conhecemos essas pessoas que nos relacionamos. Já reparou o que fazemos? Criamos uma IDEIA do que seria essa pessoa. Simplesmente vemos o que queremos ver. Com nossa vontade aliada a uma estupidez criativa, colocamos um “extra” em pessoas ordinárias, comuns.

Aquele cara não é um príncipe encantado, muito menos um Chuck Bass. Provavelmente ele será um Dan Humphrey no início da primeira temporada. Aquela amiga? Você nem sabe se deveria confiar tanto. Talvez ela não seja tão legal, talvez ela só seja boa em fingir. Vemos o que queremos ver. E por isso, nos decepcionamos. Se nós, todos nós, procurássemos mais tentar conhecer as pessoas a fundo,ver aquilo que vai além do que elas nos mostram, talvez a gente se decepcionasse menos. Talvez assim, a gente se surpreendesse menos.

Contudo, estou bastante ciente que nem sempre a culpa é nossa. Não foi isso que eu quis dizer, nem de longe. Por mais que conheçamos um alguém, essa pessoa pode nos surpreender. Conhecemos pessoas há anos e a cada dia aprendemos mais um pouco sobre elas. Se decepcionar faz parte do se relacionar com alguém, a questão é se podemos lidar com o grau de decepção que sofremos. Sofrer faz parte, mas superar é arte! E nem todo mundo é artista.

Logo, tudo o que nos resta, é cuidar do nosso 50% de responsabilidade em nossos relacionamentos e torcer para que, a outra pessoa, faça o mesmo. Talvez assim, a gente sofra menos. E infrinja menos dor aos outros também. Infelizmente, relacionamentos não possuem regrais universais justamente pelo fato de que pessoas são diferentes e cada relacionamento ser único. Mas, prestando atenção no outro e na gente, talvez nós conseguiremos evitar machucar tanta gente.

domingo, 23 de março de 2014

Todo mundo sempre fala do final. Mas e o início?!





Começos são especiais. Os de relacionamentos então?! É sempre uma delícia! Tudo é novo. Cada conversa, uma descoberta. Um novo mundo. O mundo do outro. Contudo, começos são complicados, incertos demais. Você nunca sabe onde está pisando. Qual o limite do outro? Até onde você pode ir? Até onde aquela pessoa pode ir com você? Por vezes, nem mesmo sabemos qual limite queremos dar àquela pessoa. Talvez nenhum. Você não sabe o que a chateia e certamente não quer perguntá-la diretamente. Abrindo assim, margem para um universo de descobertas. Trata-se de um jogo. Então você continua. Com receio, mas continua. E, às vezes, se surpreende. Porque pode acabar por encontrar um amigo, o que é fundamental se quiser algo mais. Alguém que não é nem próximo do que você esperava. Alguém que conseguiu exceder suas expectativas. Alguém que te fez se sentir à vontade. E que, a depender, pode despertar o melhor que há em você. Alguém que te surpreende, que te ouve, te instiga e assim te prende. Sem de fato te prender. Como um presente fora de época, algo totalmente inesperado. Os inícios, por serem muitas vezes incertos, dão aquele velho “frio na barriga”, mas, se for a pessoa certa, conseguirá te esquentar. Com um abraço, um sorriso, uma palavra, ou simplesmente um olhar. Transformando sua vida simplesmente por fazer parte dela. E quando começa a ficar bom demais, se inicia uma desconfiança. Esperamos por uma “ironia do destino”. Já esperamos por um fim, antes mesmo de um começo, pois sempre é assim. Sempre dá errado. Então, prepara-se, desde já. “É questão de tempo”. Já dizia Murphy com sua lei: “Se alguma coisa pode dar errado, dará”. Mas, é muito bom provar que o “Tio Murphy” está errado. Felicidade sempre assusta, a mim, a você que está lendo isso, e muito provavelmente, a todas as pessoas. Tenho a sensação de que estamos todos sempre falando desta tal de felicidade, mas sem nunca a encontrar, porque sempre acontece alguma coisa pra estragar. E o que é a felicidade, senão o bem mais almejado da humanidade? É o objetivo em comum. Tudo nas nossas vidas tem um significado, e está direcionado pela busca dela. 
Às vezes, é como se a vida nos dissesse:
- Você ta feliz, é? Ah, pera aí... 
E então lá vem ela dar um jeito de mudar isso! Mas, a felicidade é tangível. Inclusive com outra pessoa. Basta acreditar, querer, até encontrar alguém que também o queira. Então, dará certo. Porque vocês querem que dê. E quando se quer alguma coisa, se quer de verdade, se cria força e se esforça. E é nisto que reside à diferença. A diferença fundamental.


Por: Stéfanie Gusmão & Emerson Menezes.